Nas décadas de 60 e 70, deu-se início à fomentação de discussões a cerca do design responsável. Em 1971 o designer e professor Victor Papanek em seu livro “Design for the Real Word” (PAPANEK, 1977), alertava sobre a necessidade do design em perceber e solucionar problemas reais da sociedade, desenvolvendo produtos direcionados não para o mercado, mas para o indivíduo ou a comunidade.
Trinta e cinco anos se passaram e permanecem a ausência, o descaso e a falta de compromisso social do designer para a solução das necessidades reais, estilo de vida e a cultura da população menos favorecida. (PAZMINO, 2007).
Trinta e cinco anos se passaram e permanecem a ausência, o descaso e a falta de compromisso social do designer para a solução das necessidades reais, estilo de vida e a cultura da população menos favorecida. (PAZMINO, 2007).
Em contrapartida, o designer e professor Victor Margolin afirma em seu artigo O Designer Cidadão que:
Consumidores e usuários, ao invés de designers, foram também os mais fortes advogados de legislações relacionadas com o design de equipamentos para portadores de necessidades especiais, notavelmente os requerimentos de acessibilidade de cadeiras de rodas em edifícios e sistemas de transporte público, sejam rampas, elevadores ou equipamentos especiais. Estas e outras mudanças de design tornaram-se Leis, nos Estados Unidos, a partir do Ato dos Americanos com Deficiências (Americans With Disabilities Act), em 1992. (MARGOLIN, 2006).
Como nos dizem Hamilton Faria e Pedro Garcia, 2003, apud Carta aos Candidatos, do Fórum Intermunicipal de Cultura, 1999:
Um dos resultados negativos da globalização é um amplo desenraizamento que desfaz modos de vidas locais, expropria milhões de seres humanos de suas referências culturais e de suas próprias vidas. Assim, todo um processo cultural entra em decadência e, em troca, é oferecido um padrão fabricado pelo consumo, que tem na mídia um emulador permanente, pasteurizando todo e qualquer tipo de diferença.
Percebe-se que a sociedade atual necessita urgentemente valorizar sua cultura popular para caminhar em direção ao desenvolvimento sócio-cultural sustentável.
Pensar na cultura como fator de desenvolvimento significa valorizar identidades individuais e coletivas, promover a coesão em comunidades e levar em consideração que as características da cultura podem ser um fator de crescimento em determinado território.(VECCHIATTI, 2004).
O design social deve ser economicamente viável e socialmente benéfico; através do desenvolvimento de produtos direcionados a um mercado local e orientados à população de baixa renda, excluídos, idosos ou deficientes; com uma pequena escala de produção e maximização da sua função, sendo produzido a baixo custo e dessa maneira, possibilitando a inclusão social do consumidor.
Trecho do meu artigo Resgate de manifestação Cultural Popular na visão do Design Social: O caso da festa da Barquinha na comunidade de Bom Jesus dos Pobres. Pgs 06 e 07.
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Estou aguardando!!!
Bjinhosss
Parabéns!
ResponderExcluirÉ uma felicidade descobrir que designers como você estão também assumindo a luta pela sobrevivência do planeta. Afinal, essa área profissional destacava-se como sua destruidora.
É verdade que o mercado de moda e modismos sazonais sempre financiou a publicidade que cria em nós desejos e às vezes até, necessidades inexistente de consumo. Precisamos de uma política forte que alerte e eduque a população, principalmente os mais jovens que são a geração do futuro, para um consumo consciente.
ResponderExcluirBeijinhossss